Energia deve ser empregada em vender o que é atrativo, independente do preço
O padrão de consumo do mercado moveleiro está mudando. De acordo com Marcelo Prado, diretor do IEMI – Inteligência de Mercado, a situação que vamos viver é a venda daquilo que traga experiência. Para ele, baixar o preço do produto não será suficiente. Mesmo que o preço seja menor, o produto será vendido não por ser barato, mas por ser atrativo, e será preciso, ainda, repensar o modo de fazer negócios. “Não vamos superar a crise oferecendo mais do mesmo e mais barato. Isso não vai dar lucro para ninguém. Temos que, acima de tudo, encantar o consumidor com algo que seja nosso e que seja diferente”, acrescentou.
Hoje, 30% do que é produzido de móvel no mundo é fabricado para exportação. A região sul é responsável por 86,5% das exportações brasileiras de móveis. Os Estados Unidos são o principal destino. Reino Unido, Peru, Uruguai, Chile e Paraguai são os mercados que cresceram. Segundo informações do próprio IEMI, os industriais fugiram da crise do euro e do dólar na época da recessão de 2009, e agora estão obtendo resultados, mas é preciso direcionar as vendas para Ásia, África e Leste Europeu.
Olhando a longo prazo, a projeção é de que até 2021 haja um crescimento do setor de 19%, o que fará os índices retornarem ao cenário que havia em 2013, criando-se um hiato de oito anos em perda de oportunidade de crescimento e enriquecimento.
Para um crescimento sustentado, é preciso, de acordo com Prado, investir em novas regiões de consumo, atuar em vários pontos de contato com o consumidor e oferecer produtos com maior potencial. O crescimento deve partir a partir da classe média e média alta, a parcela que parou de consumir primeiro e deverá retornar ao mercado para comprar, devendo gerar um movimento de retomada do crescimento.
No Brasil, o varejo para venda de móveis conta com 54 mil pontos de vendas, em que 44 mil são lojas especializadas em móveis, responsáveis por 70% do volume do que é vendido pelo varejo brasileiro.
Fonte: https://agenciafiep.com.br/
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